
Procedimento será feito no Hospital Onofre Lopes, em Natal; vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar - 01/08/2025
Mulher espancada em elevador em Natal passará por cirurgia de reconstrução facial nesta sexta 1°
Paciente será operada por equipe multidisciplinar após agressão registrada em elevador de condomínio em Natal - Foto: Reprodução
A mulher de 35 anos espancada com mais de 60 socos pelo namorado no elevador de um condomínio em Natal será submetida a uma cirurgia de reconstrução facial nesta sexta-feira 1º. O procedimento será realizado às 8h no centro cirúrgico do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), da UFRN, sob anestesia geral.
A vítima sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar após a agressão no sábado 26. O agressor, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva. Ele vai responder por tentativa de feminicídio, segundo a Polícia Civil.
A cirurgia será conduzida por uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões-dentistas especialistas em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, anestesistas e profissionais de enfermagem.
Responsável pelo procedimento, o cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira informou que a paciente vem reagindo bem ao tratamento inicial. “Ela está evoluindo de forma satisfatória, com hematoma e edema em regressão, ainda com algumas dores decorrentes das fraturas em terço médio e inferior da face, porém controladas com analgésicos comuns”, explicou.
Segundo o médico, será realizada uma osteossíntese — técnica que utiliza miniplacas e miniparafusos para fixar os ossos fraturados. Haverá também uma revisão das estruturas nasais. “Trata-se de uma cirurgia necessária para reconstrução das áreas fraturadas, buscando o restabelecimento da estética e da função”, disse.
A previsão é de dois dias de internação após a cirurgia, mas o tempo pode variar conforme a evolução do quadro clínico. “Estamos planejando a resolução do caso em um único tempo cirúrgico, mas não podemos descartar a possibilidade de outra abordagem. A paciente está ciente”, afirmou o cirurgião.
Ele ainda explicou que o tempo de resposta entre a violência e a realização da cirurgia é importante para a recuperação. “Nessas condições, os ossos se encaixam perfeitamente, possibilitando o melhor reparo ósseo e evitando deformidades e sequelas.”
O especialista contou que a equipe do Huol acompanha o caso desde o atendimento inicial no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. “Estamos conduzindo cada passo de uma forma cuidadosa, responsável e, acima de tudo, ética, sempre buscando minimizar os riscos e traumas decorrentes do evento inicial e mantendo a confiança e respeito mútuos na relação profissional-paciente”, afirmou.
Segundo laudo do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a mulher apresentava fraturas no complexo zigomático-orbitário, que inclui a maçã do rosto e as paredes da cavidade ocular, e no côndilo mandibular, parte da mandíbula.
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em 01/01/1970 - 12:01
