Ministro afirmou que Lula ficou surpreso com operação no Rio realizada sem conhecimento do governo federal e disse que eventual GLO depende de solicitação do go - 29/10/2025

Lewandowski diz que Lula ficou “estarrecido” com operação no Rio que deixou mais de 120 mortos

ok lewandowski Foto Jamile Ferraris MJSP                                                             Lewandowski disse que governo federal não foi informado sobre a operação e que Lula ficou “estarrecido” com o número de mortos - Foto: Jamile Ferraris / MJSP                                                                                 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira 29 que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “estarrecido” com a operação da Polícia do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV), que resultou em mais de 120 mortes.

A declaração foi dada após reunião no Palácio da Alvorada, ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

“O presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais. (Lula) se mostrou surpreso que uma operação (dessa magnitude) fosse desencadeada sem conhecimento federal”, disse Lewandowski.

Questionado sobre a possibilidade de decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o ministro afirmou que a medida só pode ser tomada se houver solicitação do governador.

“Essa lei complementar regulamenta a organização das Forças Armadas. O artigo 15 estabelece que a operação GLO primeiro tem que ser requerida pelo governador. Não é ação espontânea do governo federal ou presidente da República”, afirmou.

Lewandowski ressaltou que o governo federal não pode agir isoladamente. “Isso (decretação de GLO) é uma decisão do presidente da República. Primeiramente, ele (Castro) precisa reconhecer a incapacidade das forças locais de debelarem o crime organizado e, sobretudo, a situação de intranquilidade em que se encontra o Rio de Janeiro. Isso depende dele. Essa hipótese não foi abordada porque não se colocou na mesa essa questão. Não há pedido”, declarou.

O ministro disse ainda que o governo federal atua em parceria com o estado do Rio na transferência de criminosos e colocou à disposição peritos criminais, médicos e informações do banco de dados de DNA.

Sobre a ida de uma comitiva do governo ao Rio, Lewandowski afirmou: “Vamos ouvir o governador e saber o que é que ele precisa.”

Segundo o ministro, a Força Nacional de Segurança atua no estado desde 2023. “Tivemos 11 renovações a pedido do governador. Temos um intenso trabalho da PF que desbaratou várias quadrilhas de tráfico de drogas e armas”, completou.

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em 01/01/1970 - 12:01