
Insulina - 18/11/2025
Primeiro lote de insulina glargina nacional chega ao SUS
Foto: Rafael Nascimento/MS O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu nesta segunda-feira (17), em Guarulhos (SP), o primeiro lote de insulina glargina adquirido por meio das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Ao todo, 2.109.000 unidades foram entregues para reforçar o tratamento de pessoas com diabetes tipos 1 e 2 pelo SUS. A iniciativa marca um avanço estratégico: a insulina glargina passará a ser produzida no Brasil, fruto da transferência de tecnologia entre o laboratório chinês Gan&Lee e Bio-Manguinhos (Fiocruz), com fabricação assegurada pela empresa brasileira Biomm. Segundo Padilha, o passo fortalece a soberania nacional e reduz a dependência do mercado internacional.
Até o fim do ano, o Ministério da Saúde deve receber mais 4,7 milhões de unidades, totalizando investimentos de R$ 131,8 milhões apenas para 2025. O projeto integra o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e é financiado pelo Novo PAC.
Um ponto considerado histórico é que o Brasil também passará a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da insulina glargina — algo inédito na América Latina. O desenvolvimento ocorrerá na planta de Bio-Manguinhos, no Ceará.
Para o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a entrega reforça a importância da ciência aplicada ao fortalecimento do SUS. Ele destaca que o processo garante mais estabilidade na oferta, geração de empregos e ampliação do acesso ao tratamento.
As PDPs permitem que instituições públicas e empresas privadas compartilhem tecnologia e produção. No caso da insulina glargina, a previsão é alcançar 70 milhões de unidades por ano após a conclusão das etapas de transferência tecnológica, embalagem, controle de qualidade e fabricação final no país.
O Ministério da Saúde também mantém uma PDP para produção nacional de insulinas NPH e Regular, em parceria com a farmacêutica indiana Wockhardt, a Funed e a Biomm. Ao todo, 710 mil unidades já foram entregues, com expectativa de chegar a 8 milhões até 2026.
Atualmente, o SUS oferece quatro tipos de insulina, além de medicamentos orais, garantindo tratamento integral às pessoas com diabetes desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo na Atenção Primária.Fonte Ponta Negra News.
Faça Seu Comentário:
Comentários
disse:
em 01/01/1970 - 12:01
